TEMPUS VERITATIS

Moraes: 'Bolsonaro estava redigindo e ajustando decreto para golpe'

Mensagens que estavam com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, apontam que o golpe de Estado foi debatido

Publicado em: 08/02/2024 22:12

Ministro Alexandre de Moraes, na decisão, apontou que houve planejamento e busca por apoio para realizar um golpe de Estado (foto: Antonio Augusto/SCO/STF)
Ministro Alexandre de Moraes, na decisão, apontou que houve planejamento e busca por apoio para realizar um golpe de Estado (foto: Antonio Augusto/SCO/STF)

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acarretou na Operação Tempus Veritatis deflagrada nesta quinta-feira (08), afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro estava redigindo e buscando apoio para a realização de um golpe de Estado.

 

"Mensagens encaminhadas por Mauro Cid para o general Freire Gomes sinalizam que o então presidente Jair Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do General Estevam Theophilo (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento", escreveu o ministro

 

As mensagens do ex-ajudante de ordens da presidência, o tenente-coronel Mauro Cid, mostram envolvimento de Bolsonaro; Freire Gomes, o Comandante do Exército; e o então ministro da Defesa, Paulo Sergio Nogueira.

 

Em uma das mensagens, trocadas no dia 9 de dezembro de 2022 às 5h35, Gomes afirma que Bolsonaro está sendo pressionado para "tomar medidas mais pesadas" e que naquele dia pela manhã ele teria "enxugado o decreto". Ele também cita a realização de uma reunião em que o tema foi debatido.

 

 

 

A PF revelou que uma minuta golpista que determinava a prisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e dos ministros da Suprema Corte Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes foi editada pelo presidente, que pediu a exclusão da prisão dos dois primeiros da nota antidemocrática, mantendo apenas a de Moraes.

 

 

Confira as informações no Estado de Minas

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