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TikTok anuncia que não venderá a empresa a norte-americanos

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou na última quarta-feira (24), uma lei que prevê e obriga à ByteDance a vender o TikTok para alguma empresa norte-americana

Publicado em: 26/04/2024 16:01

O TikTok já havia comunicado que irá recorrer à ação judicial para bloquear a legislação, que considera inconstitucional (foto: OLIVIER DOULIERY / AFP)
O TikTok já havia comunicado que irá recorrer à ação judicial para bloquear a legislação, que considera inconstitucional (foto: OLIVIER DOULIERY / AFP)

Nesta sexta-feira, a empresa chinesa ByteDance, proprietária do TikTok anunciou que não tem intenção de vender o aplicativo, apesar dos Estados Unidos ameaçar proibir a plataforma de vídeos no país, caso não corte os laços com a China. "A ByteDance não tem planos de vender o TikTok", afirmou a empresa na Toutiao, uma rede social chinesa da qual também é proprietária.

 

O presidente dos EUA, Joe Biden, já assinou na última quarta-feira (24), uma lei que prevê e obriga à ByteDance nove meses para vender o TikTok a alguma empresa norte-americana, com uma possível extensão de um prazo de mais três meses se o negócio estiver em andamento. Caso contrário o app será banido das lojas da Apple e do Google. Washington alega que é uma questão de segurança nacional, uma vez que considera que dados pessoas dos usuários podem ser fornecidos ao governo de Pequim.

 

A Bytedance ainda declarou que não há nada de verdade sobre os rumores de que a empresa explorava opções para vender o TikTok sem o algoritmo usado pela aplicação.

 

No início da semana, o TikTok comunicou que irá recorrer à ação judicial para bloquear a legislação, que considera inconstitucional. "Não se enganem: isto é uma proibição. Uma proibição do TikTok e uma proibição para vocês e para sua voz. É um momento decepcionante, mas não será necessariamente determinante. É irônico porque a liberdade de expressão no TikTok reflete os mesmos valores americanos que tornam os EUA um farol de liberdade", acrescentou.

 

"Continuaremos a lutar pelos nossos direitos nos tribunais. Os fatos e a Constituição estão do nosso lado e esperamos prevalecer", indicou hoje o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, natural de Singapura.