SOLIDARIEDADE

Família de professor de dança assassinado em briga de trânsito em Olinda pede ajuda em ''vaquinha'' para custos com cremação

A família decidiu nesta quarta (8), pedir ajuda para custear os gastos com a cremação e tratamento psicológico da esposa e filha da vítima

Publicado em: 08/05/2024 16:12 | Atualizado em: 08/05/2024 16:23

Marlon de Melo, 31 anos, foi assassinado em via p´[ublica, após briga de trânsito envolvendo um policial penal da Paraíba, no dia 4 deste mês, em Olinda, no Grande Recife  (Foto: Reprodução/Redes Sociais )
Marlon de Melo, 31 anos, foi assassinado em via p´[ublica, após briga de trânsito envolvendo um policial penal da Paraíba, no dia 4 deste mês, em Olinda, no Grande Recife (Foto: Reprodução/Redes Sociais )

A família do professor de dança Marlon de Melo de Freitas da Luz, de 31 anos, que morreu após ser baleado durante uma briga de trânsito em Olinda criou uma “vaquinha” na internet. O objetivo é arrecadar dinheiro para pagar a cremação do corpo, custos processuais e tratamento psicológico da esposa e da filha da vítima.

Marlon foi atingido por dois tiros no último sábado (4) após uma discussão de trânsito na Avenida Antônio da Costa Azevedo, no bairro de Peixinhos.

O autor dos disparos é um policial penal do Estado da Paraíba, identificado extraoficialmente como Cláudio José.  

O suspeito fugiu do local e, horas após balear Marlon, foi até o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, para prestar queixa contra a vítima, alegando que atirou em legítima defesa em uma suposta tentativa de assalto. 

A família de Marlon contesta a versão do atirador e busca colher imagens de câmeras de videomonitoramento de segurança de uma supermercado que fica em frente ao local do crime para poder comprovar que Marlon foi vítima de um homicídio.  

Cremação

A cremação foi um desejo do próprio Marlon, segundo a cunhada dele, Karen Soares, de 32 anos. 

Quem desejar ajudar a família de Marlon, pode enviar Pix pelo CPF - 093.183.834-79, no nome de Angéssica Milena Torres da Silva. 

“Quando perdemos alguém que amamos o vazio que fica é imensurável. Cada gesto de solidariedade, por menor que pareça, é uma luz de esperança que ilumina o caminho daqueles que sofrem. Uma ajuda financeira, por mínima que seja, não apenas alivia o fardo financeiro, mas também aquece o coração como calor da empatia e compaixão mesmo nas horas mais sombrias. O apoio dos outros nos lembra que não estamos sozinhos e que o amor e bondade continuam a nos cercar, mesmo na ausência daqueles que partem”, disse a família de Marlon, em uma postagem no aplicativo Instagram.

Como aconteceu

O caso aconteceu no último sábado (4), no momento em que Marlon retornava para casa, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, após dar aulas de dança em uma academia de ginástica no bairro de Jardim Brasil II, em Olinda. 

Segundo Milena, o autor dos disparos se apresentou no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, para prestar queixa contra a própria vítima. 

“Ele disparou duas vezes contra o meu marido e, em seguida, foi até o DHPP e prestou um Boletim de Ocorrência contra Marlon. Ele disse aos policiais que agiu em legítima defesa porque meu marido tentou assaltá-lo. E só descobrimos isso depois que a nossa família foi até o mesmo DHPP para registrar o caso. É inacreditável isso! Meu marido de vítima virou suspeito e nem pode se defender porque está lutando para sobreviver aqui no HR”, relatou Milena, esposa de Marlon, em entrevista ao Diario de Pernambuco na última segunda-feira (6). 

Família contesta versão do atirador

De acordo com Milena, a família de Marlon procura junto a um mercado, que fica próximo do local do crime, imagens do circuito interno de câmeras para comprovar a versão da família de que ele foi atingido pelos disparos após a discussão de trânsito. 

A esposa da vítima afirma que o policial penal mentiu ao registrar queixa no DHPP contra a vítima. 

“Estamos lutando para provar isso. A versão dada por ele (autor dos disparos) é uma mentira. Meu marido jamais ia roubar alguém. Ele foi vítima e está sendo tratado como criminoso. É um absurdo! Vamos lutar até o final para provar isso. Já temos inclusive testemunhas oculares que presenciaram tudo”, disse Milena ao Diario na última segunda-feira (6). 

A reportagem do DIario, desde às 10h desta quarta (8), entrou em contato por telefone e e-mail com a assessoria de Imprensa do Governo do Estado da Paraíba para saber se a gestão estadual iria se pronunciar sobre o assunto.  Contudo, até a última atualização desta matéria, ainda não havia respostas.
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