Trajetória

Claudio Zoli celebra três décadas de música

Carreira do artista é marcada por sucessos nas rádios nacionais, como À francesa

Publicado em: 06/10/2012 10:19 | Atualizado em: 06/10/2012 10:27

Ainda adolescente, aos 16 anos, o cantor Claudio Zoli deslumbrava a carreira de cantor em São Gonçalo, onde nasceu. Hoje, aos 50 anos, o músico relembra sua trajetória profissional, que é marcada por dez CDs e hits que embalaram as rádios nacionais. O interesse pela profissão surgiu ao conhecer Paulinho Guitarra, instrumentista que tocava com Tim Maia, e Cassiano, ícone da música soul brasileira. Em 1982, com Paulo Zdanowski, parceiro de Cassiano, e o baixista Arnaldo Brandão, fundou a banda Brylho da Cidade. Com ela, começou a se apresentar em bailes e bares na noite.

Um ano depois, a banda assinou contrato com a Warner e gravou o CD Brylho. Mas, pouco tempo depois, o músico optou por seguir carreira solo e logo fez sucesso com as canções À francesa, gravada por Marina Lima, e Felicidade urgente, interpretada por Elba Ramalho. Zoli lançou dois álbuns solos que levaram seu nome: o primeiro em 1986, com Cada um, cada um e Coleção; e o segundo em 88, com versões de What’s going on, de Marvin Gaye, transformada em Não foi em vão, e Azul da cor do mar, sucesso de Tim Maia.

Em 1991, lançou o álbum Fetiche e, em 1993, se juntou a Ritchie e Vinícius Cantuária na banda Tigres de Bengala, que teria pouca duração. Longe das gravadoras por quase seis anos, Zoli voltou em 99, com o álbum Férias. Em 2001, lançou Na pista, um disco dançante embalado pelos hits “Cada um, cada um (a namoradeira)”, Flor do futuro e Livre pra viver.

Já em 2002, concluiu o trabalho Remixado e ao vivo, com a participação dos principais DJs do país. O resultado foi um CD diferente, com poucas faixas ao vivo, que não foram exatamente as mesmas do DVD ao vivo lançado um ano depois, quase na mesma época do lançamento do CD Sem limite no paraíso. Em 2005, o cantor apresentou o álbum Zoli clube vol.1 e, em 2009, o trabalho Diamantes. No total, foram dez CDs e muitas histórias, que o cantor lembra: "A década de 80 foi inesquecível! Tive a oportunidade de formar a banda Brylho, que estourou com a música “Noite do prazer”. Guardo com carinho as apresentações no Chacrinha e os shows inesquecíveis no Circo Voador".

O sucesso, segundo ele, serviu para conhecer melhor o homem que havia por trás do cantor. "O que mudou quando alcancei o sucesso foi a minha consciência como ser humano. A maioria não sabe separar, mas eu entendi que o ser humano devia ser mais importante do que o artista", diz.

Ao longo de carreira, muitas histórias ficaram na lembrança do músico, como esta: "Em uma das turnês do Fetiche, na década de 90, estávamos voltando para casa no avião e lembramos que esquecemos um dos músicos no hotel. Só demos falta do rapaz depois de uma hora. Apesar das desculpas, o coitado teve que voltar para o Rio de “busão”".

Ao realizar um balanço da carreira, Zoli diz que a forma de compor e produzir música permanece igual, mas faz questão de ressaltar: "Minha voz melhorou, prefiro me ouvir hoje".

O cantor prepara um disco com músicas inéditas que, segundo ele, será um divisor de águas em sua carreira, pois reflete a melhor fase da sua vida: "É um trabalho muito especial e, em breve, disponibilizarei algumas músicas nas redes sociais. Estou no melhor momento da minha vida, quando me sinto completo, tanto pessoal quanto profissionalmente. Além disso, sou convidado frequentemente por organizações para realizar shows beneficentes. Procuro sempre participar e ajudar".

Zoli vive atualmente em São Paulo, mas nem por isso deixa de ressaltar o amor por Niterói: "Minha mulher, a Carol, é de Sampa. Então, estamos morando lá. São Paulo tem uma vida cultural muito rica e aproveitamos muito. Adoramos ir a teatro, exposições de arte e shows, sem contar a parte gastronômica, que é incrível. Mas, nos feriados e em alguns fins de semanas, sempre estamos aqui para pegar uma praia e curtir os amigos. Minha relação com a cidade é e sempre será muito especial. Foi onde tudo começou. Eu e minha família somos de Niterói, fiz amigos aqui, além de ser uma região que me inspira. Niterói está no meu coração".
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