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Lux

Brian Eno lançará novo disco solo em novembro

Músico produziu alguns dos mais importantes trabalhos de U2 e David Bowie

Publicado em: 15/10/2012 21:25 | Atualizado em: 15/10/2012 21:30

Lux é o primeiro disco do artista desde 2005. Michiko Nakao/ Warp/ Divulgação
 
Brian Peter George St. John le Baptiste de la Salle Eno... Pois é, a criança já chegou de um jeito pra lá de especial. Vinte e três anos depois, em 1971, como sempre juntando as pontas, nasceu o multiinstrumentista Brian Eno. Sócio-fundador da banda inglesa Roxy Music, ele passou a interferir, decisivamente, em nossas vidas. E, vamos combinar, Peter de la Salle teria sido uma péssima escolha de nome artístico!

Há mais de quatro décadas, Eno aparece no lugar certo e na hora ainda mais exata! Como um feiticeiro que mixa (e remixa) o calendário! Basta uma olhadela por onde o cidadão, de nome tão longo, já se aventurou. Mares sinistros, furacões devastadores... Nada impediu Brian de juntar os extremos, fazer a escolha inesperada e acertar, sempre.

Sabe lá o peso de carregar nas costas a mais transgressora trilogia de David Bowie (Low/ Heroes/ Lodger), em pleno reinado pós-punk? E estraçalhar o conservadorismo montando o som do Talking Heads no final dos anos 1970? Como se o dia tivesse 52 horas, Brian conseguiu dar brilho à carreira do U2 produzindo The unforgettable fire (1984), The Joshua Tree (1987) e Achtung Baby (1991)... Colocando os irlandeses no playground da História!

Suas criações solo são obrigatórias na discoteca de qualquer curioso. Por exemplo: Here come the warm jets (1974), os vários de ambient (estilo por ele criado), a tabelinha com Robert Fripp (ex-King Crimson), My life in the bush of ghosts, com David Byrne (1981)... E, antecipando a inclusão na lista, Lux, que sai no mês que vem.

As ações de Brian vão muito além de palcos e estúdios. Crítico feroz do militarismo britânico, causou arrepios à Dama de Ferro! Jornalismo, tecnologia e arte fazem parte de seu café da manhã. Todas estas múltiplas interferências garantem ao senhor De La Salle presença constante em nossos sentidos e desejos. Resumindo, ele é o caminho mais indicado a seguir!

(por Maurício Valadares)
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