DOENÇA

OMS alerta que quase 4 bilhões de pessoas correm risco de infecção pelo Aedes

Estimativa é que esse número ainda cresça em mais um bilhão ao longo das próximas décadas

Publicado em: 19/04/2024 12:24

OMS também comunica que monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas, incluindo o Brasil (Foto: Freepik)
OMS também comunica que monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas, incluindo o Brasil (Foto: Freepik)
Segundo a diretora sobre arbovírus, Diana Rojas Alvarez, da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase quatro bilhões da população mundial estão sob risco de infecções transmitidas por mosquitos do tipo Aedes, tanto o Aedes aegypi ou o Aedes albopictus que, juntos, correspondem por doenças como dengue, chikungunya, febre amarela e zika. 
 
Na videoconferência da reunião da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em Brasília, Alvarez assinalou que a estimativa é que esse número ainda cresça em mais um bilhão ao longo das próximas décadas, especialmente, devido a fatores como o aquecimento global e a adaptação do Aedes a grandes altitudes. De acordo com a diretora da OMS, o mosquito já foi encontrado, por exemplo, em montanhas do Nepal e da Colômbia, além de países da região andina.
 
A OMS também comunica que monitora ativamente surtos e epidemias de dengue em pelo menos 23 países, sendo 17 nas Américas, incluindo o Brasil. “Os casos da doença aumentaram substancialmente ao longo das últimas quatro décadas. Mas, em 2023, houve um crescimento muito significativo tanto de casos como de mortes pela doença”, disse Alvarez, acrescentando um novo recorde, ao se referir a mais de seis milhões de casos reportados e mais de sete mil mortes por dengue em 80 países.  
 
A diretora da OMS atribui a ampliação de casos aos fatores ambientais, como o aumento das chuvas e, consequentemente, da umidade, o que favorece a proliferação do mosquito, além da alta das temperaturas globais, ambos os fenômenos provocados pelas alterações climáticas. “É imprescindível melhorar a comunicação de casos e os sistemas de vigilância dos países em relação à arboviroses para expandir ações de prevenção e combate em saúde pública”, alertou.
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